quinta-feira, 1 de julho de 2010

Sebo

© Internet

Costumo fazer pesquisas sobre livros, revistas antigas, DVDs, com o intuito de colecionar e procurar alguma oportunidade de negócio com os mesmos.

Muita gente associa a ideia de compras num sebo a traças, ácaros e - atchim! Muita poeira. Determinados a tornar essa impressão tão velha quanto alguns dos volumes de suas prateleiras, os proprietários desse tipo de livraria têm investido no comércio online para conquistar novos clientes.

Um caminho aparentemente óbvio, que demorou a ser seguido. "Foram cinco anos de planejamento", conta Messias Antonio Coelho, que não década de 70 criou o popular e tradicional Sebo do Messias, no centro de São Paulo.

Messias "diz que foi o tempo necessário para desenvolver um jeito de evitar que mais de um cliente comprasse o mesmo livro" (e, como quem vende produtos usados costuma trabalhar com peças únicas, um deles ficasse na mão). Para não correr esse risco, ele criou dois acervos distintos. Seus três pontos paulistanos contam com mais de 150.000 volumes, enquanto outros 100.000 são exclusivos da loja virtual. "Se os acervos ficassem misturados e alguém tirasse um livro do lugar, seria quase impossível localizá-lo de novo", explica o livreiro. "Os exemplares em melhores condições são separados numa sala à parte." Alguns de seus concorrentes, porém, enviam ao cliente um e-mail de confirmação ou cancelamento do pedido. O Sebo do Messias, que entrou na onda virtual em 2007, é atualmente a maior loja virtual de raros e usados do Brasil.